sábado, maio 22, 2010

Apresentação


Bem-vindo à nossa página!


Nós somos um grupo de alunas - Ana Luísa, Carina Isabel, Elisabete - de Biologia de 12º Ano da Escola Secundária de Lousada, que no âmbito desta disciplina elaboramos um trabalho de pesquisa sobre a contaminação dos solos e o tratamento de resíduos.
Assim, neste blogue pretendemos esclarecer o que realmente acontece com o nosso "lixo".

Poluição do Solo


O solo é a camada da superfície terrestre que é constituída pela maioria dos terrenos. Assim, é um recurso natural, potencialmente renovável e bastante importante para manter o equilíbrio entre os ecossistemas.

O artigo 72 da lei diz que “Poluição do solo e do subsolo consiste na deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injecção no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em estado sólido, líquido ou gasoso.”

Principais Contaminantes do Solo - Fontes e Riscos para a Saúde


Antes de discutir a contaminação dos solos é necessário entender algumas denominações:

Contaminante: produto encontrado num determinado meio, numa concentração abaixo dos níveis toleráveis em relação a critérios adoptados.
Poluente: produto encontrado num determinado meio, em concentração acima dos níveis toleráveis em relação a critérios adoptados.


Nos últimos tempos, o solo tem sofrido diversas alterações, tais como a erosão acelerada devido à desflorestação para o crescimento urbano, a salinização por excesso de irrigação, introdução de contaminantes - pesticidas, fertilizantes com fosfatos e nitratos (actividade agrícola), actividades e lixeiras industriais, actividades mineiras, lixeiras domesticas e escombreiras.

Consequentemente, o solo é a camada responsável pela interacção entre a hidrosfera e a atmosfera.
Assim, as alterações no solo afectam direc
ta e indirectamente o ciclo da água e do ar. Sendo assim, a poluição do solo irá afectar os lençóis freáticos que, consequentemente, provocará riscos para a saúde, pois essa água constitui a principal fonte de consumo directa do ser humano. Esta água é contaminada por petroquímicos, solventes orgânicos, pesticidas ou arsénico. Contudo, a água subterrânea, depois de contaminada, é dificilmente recuperada, pois tem uma dificuldade acrescida em autodepurar-se de resíduos degradáveis, quando comparada com a água superficial.
Por outro lado, a poluição dos solos provocará uma diminuição da qualidade do ar e uma maior probabilidade de ocorrência de chuvas ácidas. Com isto, haverá uma maior frequência de pessoas portadoras de certas doenças ligadas às vias respiratórias, como as alergias.

Métodos de Limpeza do Solo


Alguns
exemplos:
  • Lavagem dos solos;
  • Ventilação do solo.

O que são os RSU?


Os Resíduos Sólidos Urbanos incluem os resíduos domésticos ou outros resíduos semelhantes. Em Portugal estima-se que são produzidos, em média, 1,2 kg/habitante por dia de resíduos.

Importância do Tratamento de RSU


A recolha de RSU’s é de extrema importância, uma vez que a acumulação de resíduos nos contentores poderá originar problemas de saúde pública.

Contudo, e tendo em conta que a população humana tende a crescer e que os vários recursos que a Terra disponibiliza são finitos (não devendo ser desperdiçados) e que a qualidade de vida implica a qualidade ambiental, devemos adoptar um desenvolvimento sustentável, praticando a reutilização e a reciclagem. Para isso é necessária a gestão dos RSU’s, nomeadamente o seu tratamento. Este tratamento provém de um conjunto de operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos, incluindo a monitorização dos locais de descarga.


“Colaborar na gestão dos RSU’s é um dever de cada cidadão e contribui para a sustentabilidade da Terra.”

Principais Processos de Tratamento de RSU

  • Incineração;
  • Aterros Sanitários;
  • Compostagem.

Incineração


É um processo de combustão de resíduos a altas temperaturas, com o objectivo de convertê-los a gases e a cinzas. A redução do volume desses resíduos pode chegar aos 90%
que corresponde a uma diminuição de 70% do seu peso.

O primeiro incinerador de RS (Resíduos Sólidos) foi construído em 1874 na Inglaterra.

Actualmente, em Portugal existem apenas três incineradores – Porto (Lipo II), Lisboa (ValorSul) e outro na Ilha da Madeira.

Vantagens:
  • Redução do volume dos resíduos e pequena área de deposição, ocupando uma pequena área nos aterros sanitários;
  • As partículas sólidas ficam retidas nos filtros, impedindo que sejam libertadas para o exterior. Sendo mais tarde encaminhadas para os aterros sanitários juntamente com as cinzas;
  • Os filtros precipitam os gases ácidos para que as emissões não contaminem a atmosfera;
  • Produção de energia;
  • Separação de materiais para posterior reciclagem.

Desvantagens:
  • Poluição atmosférica;
  • Emissão de substâncias tóxicas;
  • Custos elevados.

Aterros Sanitários



Actualmente, aterro sanitário é o conjunto de instalações para a deposição de RSU’s e feitas de modo a minimizar o impacto ambiental e na saúde pública.

Este processo consiste na deposição em aterro dos resíduos sólidos, que inclui: a manutenção e monitorização da corr
ente recebida, colocação e compactação dos resíduos, instalação de recursos de tratamento e controlo ambiental do aterro.
Os aterros sanitários são revestidos com materiais impermeáveis (argila, plástico), pois previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.
Devem ser construídos em locais com características geológicas adequadas.
Entre as camadas impermeáveis que são postas na base do aterro são colocados tubos para a drenagem das substâncias lixiviadas.
Estes tubos fazem com que as substâncias sejam encaminhadas para a ETAR que está anexa ao aterro; cada aterro tem de ter obrigatoriamente uma ETAR anexa ligada a ele.
Assim, as substâncias lixiviadas (água das chuvas que se infiltra, dissolvendo as substâncias químicas e arrastando-as consigo) são recolhidas e enviadas para uma estação de tratamento, e o biogás, gases produzidos pelas bactérias decompositoras, podem ser utilizados na obtenção de energia.

Após estarem cheios, os aterros são selados com uma cobertura de plástico e de terra que permite o desenvolvimento de plantas que diminuirão o impacto paisagístico.

Vantagens:

  • Construção rápida;
  • Grande capacidade;
  • Baixos custos de manutenção;

  • Evitam lixeiras e céu aberto;

  • Redução de odores.


Desvantagens:
  • Probabilidade de contaminação das águas subterrâneas;
  • Grandes áreas de implantação;
  • Poeiras;
  • Libertação de gases;
  • Decomposição lenta dos resíduos.


sexta-feira, maio 21, 2010

Compostagem


A compostagem é um conjunto de técnicas aplicadas na decomposição dos resíduos orgânicos ou biosólidos (biodegradáveis) pela acção de decompositores (várias populações de microorganismos). O produto deste processo é um material estável denominado normalmente por “composto”, semelhante a húmus. Este processo diminui o volume dos resíduos e o seu material resultante é utilizado na fertilização dos solos agrícolas. Sendo a compostagem um processo biológico aeróbio, não será de estranhar o facto de os microrganismos intervenientes no processo estarem, por norma, presentes nos próprios resíduos orgânicos produzidos.

No decorrer da compostagem, ocorrem duas fases. A primeira é denominada por “Fase Mesófila”, que é quando a temperatura varia entre os 30ºC e os 38ºC; a fase seguinte – “Fase Termófila”, surge quando as temperaturas ultrapassam os 50ºC . Esta fase dura entre três a quatro semanas e as populações termófilas decompõem rapidamente a matéria orgânica. Isto faz com que as fontes de carbono mais acessíveis para estes agentes escasseiem e a temperatura volte aos valores iniciais, ocorrendo uma nova fase mesófila (fase final).

Esta definição tem como finalidade distinguir o processo de compostagem da decomposição ordinária que ocorre na natureza.

O maior centro de compostagem em Portugal localiza-se em Riba D’Ave. Contudo, é importante referir que a compostagem pode também ser usada de forma artesanal em nossas casas.



Vantagens

  • Reduz a quantidade de resíduos a depositar em aterro;
  • Os materiais biodegradáveis orgânicos passam a ser material biológico estável;
  • Origina um material rico em nutrientes, usado como fertilizante dos solos, reduzindo, assim, o uso de fertilizantes químicos;
  • Destrói organismos patogénicos presente nos resíduos sólidos;
  • É um processo não poluente;
  • Mantêm a temperatura e os níveis de acidez do solo;
  • Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras;
  • Aumenta a capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão;
  • Aumenta o numero de minhocas, insectos e microorganismos desejáveis, devido à presença de matéria orgânica, reduzindo a incidência de doenças de plantas.

Desvantagens:

  • Custo elevado de investimento;
  • Necessidade de dispor os rejeitos em aterro;
  • Necessidade de estudo de mercado para usar o composto;
  • Necessidade de pessoal treinado para a operação;
  • Contacto directo dos operários com o lixo.